“Africanidades e o mundo da escola: pela positividade de uma
educação igualitária” foi o tema do ciclo de palestras deste ano, ministrado
pela Professora Ana Mônica Henrique Lopes, do Departamento de História da
Universidade Federal de Ouro Preto.
Africanidades, como o tema abordado, induz uma reflexão
sobre a reflexão sobre a sociedade brasileira, a história dos negros, a
educação no Brasil e os preconceitos enraizados em nossa cultura. Preconceitos,
estes, que não são apenas entre pessoas de etnias diferentes, mas de
mesma. Assim como em situações de
pesquisas, como o IBGE, que aponta 97% da população brasileira que não se
considera racista, mas que 98% da população se diz conhecer alguém racista.
Conceitos sobre o racismo e cultura popular foram
discutidos, com observações sobre o criacionismo e evolução, a relação do homem
e macaco, e como o desconhecimento da história da evolução pode induzir ao
racismo e ao preconceito.
Ana Mônica baseou-se em fatos do cotidiano para exemplificar
essas teorias. Durante uma explicação, contou um pouco da história do
preconceito em Ouro Preto, como exemplo citou a história de rivalidades que
existia nas irmandades religiosas. Por Ouro Preto ser uma cidade com habitantes em maioria negra, algumas
irmandades proibiam negros de frequentar missas e celebrações durante a
presença de brancos na igreja. A muitos anos atrás, durante uma reforma na Igreja dos brancos (Nossa
Senhora do Pilar), a irmandade precisou participar das celebrações em outra igreja,
a dos negros, (Nossa Senhora do Rosário) mas contando que estes não estariam presentes.
Esse exemplo foi dado pela professora Ana Mônica para ilustrar a história do
preconceito em nossa cidade.
Consideramos a palestra de extrema importância para nós, futuros professores, que um dia lidaremos com essa realidade no ambiente escolar, onde devemos saber como lidar com a situação do preconceito e da discriminação da melhor maneira possível, educando nossos alunos para a banalização dessa prática.
Havia muitos bolsistas ingressos neste ano com isso o auditório tinha um número considerável de pessoas.
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