Continuando
a visita pelos recintos de animais, avistamos o tamanduá-bandeira, também conhecido como
papa-formigas, é um mamífero
quadrúpede e desdentado. É um animal de aspecto bem diferente, solitário,
pacífico e cauteloso que costuma caçar tanto durante o dia como durante a
noite. Pode-se encontrar este animal na América central até a América do Sul.
Este
mamífero tem uma pelagem espessa que se torna maior na cauda. O focinho dele
tem formato cilíndrico. Sua visão é fraca, mas sua capacidade de
olfação é bem aguçada (cerca de 40 vezes maior que a do homem), desta forma,
ele não tem problemas para localizar facilmente um formigueiro ou um cupinzeiro na hora
de se alimentar. O peso de um adulto desta espécie pode pesar até 40 kg, seu comprimento pode
chegar até 2m (incluindo a cauda) e sua altura pode atingir 60 cm. Eles têm uma
coloração acinzentada, com faixas diagonais pretas com as bordas brancas.
Este animal é dotado de fortes e longas garras dianteiras com as quais
escava as resistentes paredes dos formigueiros e cupinzeiros onde, em seguida,
introduz sua língua, pegajosa e longa (aproximadamente 60 cm), que é utilizada
para explorar as galerias do formigueiro e levar os insetos à boca, normalmente
formigas, cupins, larvas, besouros. Por dia o tamanduá-bandeira é capaz de
ingerir até 30.000 insetos. As
garras também são utilizadas para se defender dos predadores, situação na qual
o tamanduá-bandeira abraça seu predador para cravar-lhe as longas garras. É daí
que surge a expressão popular “abraço de tamanduá".
Infelizmente o tamanduá-bandeira é mais um animal ameaçado de extinção
devido ao fato do homem estar destruindo seu habitat. Os fatores que têm
contribuído para isso são: a caça indiscriminada, as queimadas (e seu pêlo é extremamente
inflamável) e o avanço da agropecuária no cerrado (ecossistema que, por ser bem aberto, não possui
lugares onde o tamanduá-bandeira possa se esconder).
Estes animais são vistos juntos somente na época da reprodução,
normalmente na primavera. A fêmea tem apenas um filhote por ano, este filhote
nasce, após uma gestação de 190 dias, muito frágil com aproximadamente 1,3 kg.
Ele é carregado no dorso de sua mãe e alimentado durante os primeiros 9 meses,
período em que só se alimenta de leite. No Zôo foi possível observar espécies
diferentes de tamanduás, como o tamanduá mirim:
Um pouco
mais à frente, havia os recintos de diversas espécies de macacos, dentre eles o
mico-leão-dourado. O mico-leão-dourado
é um mamífero pertencente à ordem dos primatas. O comprimento deste
animal varia de 20 a 37 cm, o rabo mede de 30 a 40 cm. Seu peso oscila entre
360 e 800 g e sua pelagem, suave e sedosa, tem cor amarelo dourado e está
disposta sobre sua cabeça em forma de juba, fato que lhe valeu o apelido.
O
mico-leão-dourado atinge a maturidade aos dois anos e pode viver (em cativeiro)
até 15 anos. Esta espécie de primata se diferencia dos outros por possuir dois
molares, ao invés de três, em cada lado da mandíbula superior e, com exceção do
polegar, por ter garras em vez de unhas. Este mico habita o sudeste do Brasil, na mata atlântica do Rio
de Janeiro e no sul do Espírito Santo. Seus hábitos são diurnos e arborícolas
e, durante a noite, dorme nos buracos das árvores. Sua alimentação é baseada em
frutas (mais de 70 tipos diferentes), seiva, flores, invertebrados e répteis (estes dois
últimos procurados no interior de bromélias).
A estrutura social é a família, formada por um casal e seus filhotes, o
grupo é composto por mínimo 3 e, no máximo, 7 integrantes. Os membros da
família costumam ficar próximos uns dos outros. Cada família se desloca por uma
zona específica, chamada área de
ação . Foram observados casos deste animal vivendo sozinho.
Normalmente só quem reproduz no grupo é a fêmea dominante, esta controla
suas filhas por meio de agressão para evitar que elas procriem. A reprodução
ocorre, na maioria dos casos, uma vez por ano, a maior parcela de nascimentos
acontece de setembro a fevereiro e o período de gestação dura de 127 a 137
dias. Em cada parto a fêmea dá à luz a um ou dois filhotes. Os membros do grupo
ajudam a mãe a cuidar das crias, que são transferidas para outro integrante,
após 7 dias.
Graças ao tráfico desta espécie, ao envio de animais para zoológicos e à
destruição do seu habitat, para
desenvolvimento da agricultura, criação de gado e urbanização, o mico-leão-dourado está
ameaçado de extinção. Dada a perigosa situação deste primata, desde 1.984,
foram introduzidos na natureza vários exemplares criados em cativeiro, mas os resultados tiveram
êxito relativo, visto que, até 2.004, somente 65% dos animais sobreviveram por
mais de 6 meses. Há estimativas de que, hoje, existam aproximadamente 2.000
exemplares deste animal vivendo em liberdade, mas ainda é um número pequeno
para a continuidade da espécie.
Visitamos também o recinto destinado aos Gorilas, porém como o dia
estava muito quente não foi possível vê-los. Lá estavam disponíveis alguns
panfletos para a leitura que apresentavam os nomes, idade de cada um, de onde
vieram e características e informações gerais.
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Zôobotânica (FZB-BH),
dá continuidade ao Projeto Gorilas com o objetivo de construir um grupo da subespécie
Gorilla gorilla gorilla com potencial
reprodutivo. A FZB-BH participa ativamente das ações de conservação desse
animal que figura na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção (IUCN,
2008) como “criticamente ameaçado”.
Os gorilas vivem em grupos constituídos por cinco a trinta indivíduos,
entre jovens imaturos, fêmeas e seus filhotes, liderados por um macho adulto
dominante. Esse é facilmente reconhecido por apresentar as costas
cinza-prateadas, denominado “silverback”. A liderança é conseguida graças à sua
experiência e suas habilidades em proteger o grupo e não somente por causa de
sua força. Esses animais quando atingem a maturidade sexual saem do grupo no qual
nasceram. Os machos podem formar grupos de solteiros ou ficar solitários até
encontrar fêmeas para constituir seu próprio grupo. Para as fêmeas, essa
migração se dá por volta dos oito anos e, a partir dos 11 anos, para os machos.
Foto do site: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente. |
A manutenção dos gorilas em zoológicos, assim
como de outras espécies ameaçadas de extinção, é fundamental para os projetos
de reprodução e reintrodução desses animais na natureza. Através dos programas
educativos desenvolvidos com seus visitantes, os zôos promovem a formação de
cidadãos sensíveis e comprometidos com a manutenção e valorização da
biodiversidade.
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