DO CHÃO DA ESCOLA AO CÉU DE IDEIAS

sábado, 15 de novembro de 2014

Visita ao Zoológico - Parte 2


Continuando a visita pelos recintos de animais, avistamos o tamanduá-bandeira, também conhecido como papa-formigas, é um mamífero quadrúpede e desdentado. É um animal de aspecto bem diferente, solitário, pacífico e cauteloso que costuma caçar tanto durante o dia como durante a noite. Pode-se encontrar este animal na América central até a América do Sul.

Este mamífero tem uma pelagem espessa que se torna maior na cauda. O focinho dele tem formato cilíndrico. Sua visão é fraca, mas sua capacidade de olfação é bem aguçada (cerca de 40 vezes maior que a do homem), desta forma, ele não tem problemas para localizar facilmente um formigueiro  ou um cupinzeiro na hora de se alimentar. O peso de um adulto desta espécie pode pesar até 40 kg, seu comprimento pode chegar até 2m (incluindo a cauda) e sua altura pode atingir 60 cm. Eles têm uma coloração acinzentada, com faixas diagonais pretas com as bordas brancas.


Este animal é dotado de fortes e longas garras dianteiras com as quais escava as resistentes paredes dos formigueiros e cupinzeiros onde, em seguida, introduz sua língua, pegajosa e longa (aproximadamente 60 cm), que é utilizada para explorar as galerias do formigueiro e levar os insetos à boca, normalmente formigas, cupins, larvas, besouros. Por dia o tamanduá-bandeira é capaz de ingerir até 30.000 insetos. As garras também são utilizadas para se defender dos predadores, situação na qual o tamanduá-bandeira abraça seu predador para cravar-lhe as longas garras. É daí que surge a expressão popular “abraço de tamanduá". 

Infelizmente o tamanduá-bandeira é mais um animal ameaçado de extinção devido ao fato do homem estar destruindo seu habitat. Os fatores que têm contribuído para isso são: a caça indiscriminada, as queimadas (e seu pêlo é extremamente inflamável) e o avanço da agropecuária no cerrado (ecossistema que, por ser bem aberto, não possui lugares onde o tamanduá-bandeira possa se esconder).

 

Estes animais são vistos juntos somente na época da reprodução, normalmente na primavera. A fêmea tem apenas um filhote por ano, este filhote nasce, após uma gestação de 190 dias, muito frágil com aproximadamente 1,3 kg. Ele é carregado no dorso de sua mãe e alimentado durante os primeiros 9 meses, período em que só se alimenta de leite. No Zôo foi possível observar espécies diferentes de tamanduás, como o tamanduá mirim:


Um pouco mais à frente, havia os recintos de diversas espécies de macacos, dentre eles o mico-leão-dourado. O mico-leão-dourado é um mamífero pertencente à ordem dos primatas. O comprimento deste animal varia de 20 a 37 cm, o rabo mede de 30 a 40 cm. Seu peso oscila entre 360 e 800 g e sua pelagem, suave e sedosa, tem cor amarelo dourado e está disposta sobre sua cabeça em forma de juba, fato que lhe valeu o apelido.


O mico-leão-dourado atinge a maturidade aos dois anos e pode viver (em cativeiro) até 15 anos. Esta espécie de primata se diferencia dos outros por possuir dois molares, ao invés de três, em cada lado da mandíbula superior e, com exceção do polegar, por ter garras em vez de unhas. Este mico habita o sudeste do Brasil, na mata atlântica do Rio de Janeiro e no sul do Espírito Santo. Seus hábitos são diurnos e arborícolas e, durante a noite, dorme nos buracos das árvores. Sua alimentação é baseada em frutas (mais de 70 tipos diferentes), seiva, flores, invertebrados e répteis (estes dois últimos procurados no interior de bromélias).
A estrutura social é a família, formada por um casal e seus filhotes, o grupo é composto por mínimo 3 e, no máximo, 7 integrantes. Os membros da família costumam ficar próximos uns dos outros. Cada família se desloca por uma zona específica, chamada área de ação . Foram observados casos deste animal vivendo sozinho.


Normalmente só quem reproduz no grupo é a fêmea dominante, esta controla suas filhas por meio de agressão para evitar que elas procriem. A reprodução ocorre, na maioria dos casos, uma vez por ano, a maior parcela de nascimentos acontece de setembro a fevereiro e o período de gestação dura de 127 a 137 dias. Em cada parto a fêmea dá à luz a um ou dois filhotes. Os membros do grupo ajudam a mãe a cuidar das crias, que são transferidas para outro integrante, após 7 dias.


Graças ao tráfico desta espécie, ao envio de animais para zoológicos e à destruição do seu habitat, para desenvolvimento da agricultura, criação de gado e urbanização, o mico-leão-dourado está ameaçado de extinção. Dada a perigosa situação deste primata, desde 1.984, foram introduzidos na natureza vários exemplares criados em cativeiro, mas os resultados tiveram êxito relativo, visto que, até 2.004, somente 65% dos animais sobreviveram por mais de 6 meses. Há estimativas de que, hoje, existam aproximadamente 2.000 exemplares deste animal vivendo em liberdade, mas ainda é um número pequeno para a continuidade da espécie.


Visitamos também o recinto destinado aos Gorilas, porém como o dia estava muito quente não foi possível vê-los. Lá estavam disponíveis alguns panfletos para a leitura que apresentavam os nomes, idade de cada um, de onde vieram e características e informações gerais.


A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Zôobotânica (FZB-BH), dá continuidade ao Projeto Gorilas com o objetivo de construir um grupo da subespécie Gorilla gorilla gorilla com potencial reprodutivo. A FZB-BH participa ativamente das ações de conservação desse animal que figura na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção (IUCN, 2008) como “criticamente ameaçado”. 

Os gorilas vivem em grupos constituídos por cinco a trinta indivíduos, entre jovens imaturos, fêmeas e seus filhotes, liderados por um macho adulto dominante. Esse é facilmente reconhecido por apresentar as costas cinza-prateadas, denominado “silverback”. A liderança é conseguida graças à sua experiência e suas habilidades em proteger o grupo e não somente por causa de sua força. Esses animais quando atingem a maturidade sexual saem do grupo no qual nasceram. Os machos podem formar grupos de solteiros ou ficar solitários até encontrar fêmeas para constituir seu próprio grupo. Para as fêmeas, essa migração se dá por volta dos oito anos e, a partir dos 11 anos, para os machos. 

Foto do site: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente.

A manutenção dos gorilas em zoológicos, assim como de outras espécies ameaçadas de extinção, é fundamental para os projetos de reprodução e reintrodução desses animais na natureza. Através dos programas educativos desenvolvidos com seus visitantes, os zôos promovem a formação de cidadãos sensíveis e comprometidos com a manutenção e valorização da biodiversidade.

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