Nós
bolsistas da Escola Municipal de Campinas realizamos durante o segundo semestre
de 2014 uma sequência de aulas individuais e eu, Soliane Gonçalves, fui a
primeira a apresentar esse trabalho. Comecei fazendo um plano de aula, que foi
modificado algumas vezes até chegar ao resultado final. Com a ajuda da
professora Márcia Lanna, o planejamento ficou adequado aos padrões que deveria
ser. Foi muito trabalhoso construir um plano de aula, pois nunca havia
preparado algo parecido. Comecei por escolher o tema da regência, que foi o
sistema nervoso. A aula seria aplicada para o 8º ano, então
tudo teve que ser pensado para adequar a aula à idade dos alunos.
Depois
do processo de montagem do plano de aula realizei a montagem do roteiro de aula
prática, pois seria dividida em dois momentos: o primeiro teórico e o segundo
prático. O roteiro foi mais simples de montar, pois como já o havia feito
várias vezes antes para realizar atividades em grupo no PIBID tive maior
facilidade. Todo o processo de montagem de aula, incluindo planejamento e
roteiro de aula prática, foi acompanhado e corrigido pela Márcia Lanna. Confesso
que estava com receio de dar uma aula sozinha, pois sempre que realizamos
alguma atividade na escola, essa atividade é em grupo.
Após
a construção do roteiro de aula prática, montei as questões para a prova
bimestral. A Márcia havia pedido que fizéssemos duas questões para serem
aplicadas na prova. Foi um pouco difícil essa parte, pois não sabia exatamente
se minha atividade daria certo, mas após a aplicação da aula pude modificar
algumas coisas nas questões e no fim o resultado foi muito bom.
A bolsista Soliane iniciando a aula.
Estudar
o sistema nervoso é um pouco complicado, pois aborda diversos conceitos em uma
única aula, e para não ficar muito cansativo pensei em uma atividade prática
que interagia bastante os alunos, assim eles podiam trabalhar em grupo e
entender todos os conceitos sem que eu ficasse repetindo. Iniciei a aula perguntando
se eles sabiam o que era um neurônio e houve um silencio na sala. Fiquei com
receio e repeti a mesma pergunta, até que um dos alunos disse que o neurônio
ficava na nossa cabeça. Achei interessante a resposta dele e a partir daí
introduzi o conceito. Utilizei o quadro negro para desenhar um neurônio, bem
como seus componentes e suas funções. Após explicar um pouco sobre o neurônio e
o processo de sinapse falei sobre as divisões em sistema nervoso central e
sistema nervoso periférico.
Desenhando um neurônio.
Distribuindo as peças do quebra-cabeças
O
sistema nervoso central ficou por conta dos alunos. Fiz em casa uma espécie de
quebra-cabeças do encéfalo contendo algumas de suas divisões (cerebelo, bulbo,
ponte, tálamo, hipotálamo, entre outros), dividi a turma em duplas e distribui
as peças do quebra-cabeça. Orientei aos alunos sobre como seria realizada a
atividade e com a ajuda do livro didático eles teriam que descobrir qual a
parte do encéfalo eles teriam que montar.
Procurando a peça correta no livro.
Estudando para a apresentação.
Pedi também, para que um por um fossem na frente da sala montar o quebra-cabeça e em seguida explicar o que era determinada peça. No início da atividade eles reclamaram de terem que ir na frente da sala, mas logo aceitaram. O resultado obtido foi como o esperado e deu tudo certo. Todos acertaram sua peça e puderam entender melhor como funcionava o cérebro humano.
O primeiro a montar o encéfalo.
Continuando a postagem.
Após
a atividade prática continuei explicando sobre o sistema nervoso periférico.
Utilizei como metodologia um banner do sistema nervoso, pois além de ter muita
ilustração era bem explicativo e com uma linguagem simples e fácil de entender.
Tentei usar o menor número de conceitos possíveis para que não gerasse muita
confusão para eles, pois acredito que usar muitos conceitos em uma única aula acaba
gerando muita confusão e os alunos não conseguem absorver muita coisa. Ao final
da aula, com a ajuda do livro didático, pedi para cada um ler um parágrafo do
livro onde explicava um pouco sobre doenças relacionadas com o sistema nervoso,
assim eles puderam descobrir algumas curiosidades e trabalhar a leitura.
Resultado final.
Apesar
do nervosismo e do medo de dar errado achei a experiência muito válida. A
começar pelo fato da responsabilidade de montar uma aula, construir um
planejamento didático de acordo com as normas do estado e principalmente conseguir
explicar toda a matéria sozinha. Levei essa experiência como um teste e
pretendo realizar aulas assim novamente. Acredito que para a nossa formação
como docente, precisamos aprender a dar uma boa aula, abordando corretamente os
conceitos a serem estudados e principalmente passar segurança para nossos
alunos. Foi uma experiência incrível e sou muito grata ao PIBID-BIOLOGIA por me
proporcionar momentos como esse. A sensação de sair de uma sala de aula com o
sentimento de dever cumprindo nada no mundo irá pagar.
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