DO CHÃO DA ESCOLA AO CÉU DE IDEIAS

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Ácidos Nucleicos: Extração do DNA


Todos os seres vivos são constituídos de células. Em todas as células são encontrados os ácidos nucléicos, que são as macromoléculas de caráter ácido que constituem os genes, e estes têm como função armazenar e transmitir as informações genéticas. São conhecidos dois tipos de ácidos nucleicos: o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico).
Como substância química, o DNA é bem simples. Ele contém três tipos de componentes químicos: (1) fosfato, (2) um açúcar chamado desoxirribose e (3) quatro bases nitrogenadas: adenina, citosina, guanina e timina (GRIFFITHS p. 229 – 2009).
É possível extrair o DNA que se encontra dentro das células de seres vivos para identifica-lo e analisa-lo. Em alguns seres vivos como os humanos, o material genético só pode ser extraído em laboratórios de pesquisa devidamente equipados. Mas, o DNA de outros seres como as frutas morango e banana por exemplo, pode ser extraído em sala de aula utilizando materiais simples que possibilitam trabalhar conceitos básicos de genética.



No dia 10/04/2015, as bolsistas Ana Paula e Jussara realizaram uma prática com o tema: extração do DNA do morango com as duas turmas de 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Coronel Benjamin Guimarães, sob a supervisão da professora de biologia Driely.
Escolhemos essa prática uma vez que os alunos estavam estudando sobre os ácidos nucleicos, e esta seria uma ferramenta para o fechamento do conteúdo ministrado, sendo que é possível retomar através desta, os conceitos vistos nas aulas e aplica-los no momento da experiência.
Ao saberem que a aula seria prática, os alunos se expressaram de forma positiva e curiosa com a experiência. Primeiramente começamos pedindo para que eles sentassem em círculo para que todos pudessem acompanhar a prática.

Alunos sentados em círculo
Bolsista passando as informações iniciais

Depois de passada as instruções iniciais, começamos com uma explicação retomando o tema ácidos nucleicos e o roteiro da prática foi escrito no quadro, para que todos lessem juntos as instruções e os materiais a serem utilizados que foram os seguintes: copo, garfo, prato, guardanapo sal de cozinha, água, álcool etílico gelado, morango e detergente. Cada passo, que totalizaram 7, foi executado por um estudante:
1º passo: amassar o morango, com auxílio do prato e garfo, com o intuito de romper mecanicamente as células para facilitar o acesso ao ácido nucleico do morango, uma vez que o DNA no morango, encontra-se dentro do núcleo celular;

Alunos amassando o morango

2º passo: utilizar o detergente para fazer o rompimento químico das membranas que envolvem a célula e seu núcleo, uma vez que as membranas possuem lipídeos (gordura) em sua estrutura que com a presença do detergente esses lipídeos são quebrados e possibilitam o contato com o conteúdo celular, consequentemente o DNA;

Aluna misturando o detergente ao morango amassado

3º passo: colocar a papa formada dentro de um copo de vidro para facilitar o processo;


4º passo: colocar água para diluir a mistura;


5º passo: adicionar o sal para neutralizar as cargas elétricas que o ácido nucleico possui para que possa interagir com a água estando solúvel nesta;


6º passo: filtrar a mistura com auxílio de um filtro de papel ou pano, se houver – nesta prática foi utilizado guardanapos de papel, para separar o DNA do restante dos componentes celulares já que o material genético estava dissolvido na água;


7º passo: adição de álcool gelado, que leva ao aparecimento de três fases distintas por diferença de densidade, formando uma fase de água, outra de DNA e uma última de álcool.


Resultado: alunos observando o material genético do morango:


Em todos os momentos os alunos interagiram pensaram e chegaram, com o auxílio das bolsistas, a conclusão da necessidade de cada passo, e através deles revisamos e esclarecemos os conceitos já trabalhados em sala, sanando as dúvidas e reforçando o que já dominavam. Com mais essa atividade ficou claro o quanto são essenciais e de extrema importância as atividades práticas nas aulas de ciências, pois percebemos como fica mais claro e mais instigante a alfabetização através da prática empírica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários