DO CHÃO DA ESCOLA AO CÉU DE IDEIAS

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sequência de aulas: Propriedades do Ar


No segundo semestre de 2014, nós bolsistas do PIBID- Biologia, sob a supervisão da professora Márcia Lana, fomos orientados a lecionar aulas individualmente na Escola Municipal de Campinas, a qual atuamos durante este ano. Foi uma surpresa essa proposta que foi motivo de muita ansiedade. Eu, Ana Paula, uma das bolsistas lecionei primeiramente para a turma do 6º ano, como poderíamos escolher o tema das aulas, escolhi para essa turma a aula sobre as propriedades do ar.
 Antes da aula em si, houve todo um planejamento para que ocorresse tudo da melhor forma. Fiz então o planejamento da aula com o auxílio das observações da supervisora Márcia, que nos orientou a fazer esse planejamento escrevendo todos os passos que seguiríamos durante a aula. Foi um momento de grande tensão desde a formulação do planejamento até a aula, pois era a primeira vez que fazia tal atividade. Montei a aula pensando em fazer algo mais dinâmico, intercalando teoria e prática. Antes da aula ensaiei para que eu não me perdesse no caminho. Mas, mesmo ensaiando me senti insegura e tensa com toda a responsabilidade, senti medo também, pois não sabia se eles iriam entender o que eu estivesse falando, se iriam interagir comigo. Quando chegou o dia da aula na sexta-feira, eu estava muito nervosa, não parava de pensar se daria certo e o que faria se eu esquecesse o que falar?
Bom, chegada a hora fui para a sala mais cedo a fim de arrumar todos os objetos que eu precisaria para as experiências. Arrumei tudo e escrevi o nome da matéria a data e meu nome no quadro. Comecei falando que hoje eu seria a professora e estudaríamos as propriedades do ar! A supervisora Márcia esteve o tempo todo na sala, fazendo observações sem intervir na minha aula.

Bolsista iniciando a aula




Comecei a aula explicando sobre a atmosfera e perguntando se os alunos sabiam de que era feito o ar, eles responderam:
           -Gases!
Então perguntei:
- O que são gases? Não souberam responder. Ai expliquei o que são gases e perguntei:
- Se o ar é feito de gases, quais são esses gases?
- Gás carbônico, oxigênio, metano. Eles responderam. A partir daí expliquei sobre os gases que compõem o ar.

Alunos em círculo

Pedi para que os alunos fizessem um círculo em volta da mesma onde havia os objetos que anteriormente eu havia colocado. Então fiz uma experiência para provar a existência do gás carbônico, utilizando garrafa, vinagre e bicarbonato. Pegando o gancho nessa experiência de reação expliquei sobre combustão e reforcei com a experiência de acender a vela e privar a chama do ar, para mostrar que sem gás oxigênio não ocorre o processo de queima.

Bolsista explicando o experimento

Experiência do gás carbônico



Bolsista fazendo experiência de plasticidade do ar


Depois expliquei sobre a resistência do ar, usei uma folha aberta e uma amaçada. Para explicar sobre a plasticidade, utilizei seringas mostrando a expansão e compressão do ar. Para provar que o ar tem massa montamos uma balança feita de lata de refrigerante e canudinho comparando a massa de um balão vazio e um balão cheio de ar.

Medindo a massa do ar


No fim pedi para que os alunos fizessem os exercícios referentes ao capítulo trabalhado do livro e me entregassem na próxima semana. Finalizei com um vídeo do telecurso 2000 sobre atmosfera para ensino fundamental.

Turma assistindo ao vídeo



Terminada a aula pude respirar fundo e perceber que deu tudo certo! No começo estive nervosa, mas depois as coisas foram se encaminhando, Fiquei muito feliz com a resposta que os alunos me deram, eles interagiram durante toda a aula e pareceram entender o que eu estava dizendo. Foi uma experiência incrível em que não há palavras para explicar a tamanha satisfação. Espero poder continuar a ter experiências como essa e poder aprimorar as sequências didáticas e corrigir os erros para no futuro vir a ser uma professora que faça a diferença.

Aula prática: 1° Lei de Newton

Os alunos do 9º ano da Escola Municipal de Campinas, no segundo semestre de 2014 estavam estudando nas aulas de ciências, sobre as Leis de Isaac Newton. Com base nas aulas teóricas, nós bolsistas do PIBID desenvolvemos uma prática sobre o princípio da Inércia: 1ª Lei de Newton. Essa lei diz que os corpos tendem a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme quando nenhuma força é exercida sobre eles.
Baseados nessa lei o nosso objetivo consistiu em montar um roteiro prático com duas atividades em que os alunos pudessem sozinhos: ler, montar a atividade, realiza-la e tirar suas próprias conclusões. Ficamos apreensivas em saber como eles iriam reagir perante essa proposta. Entregamos o roteiro para os três alunos do 9º ano, e deixamos os materiais a serem utilizados em uma mesa. Os alunos ao pegarem o roteiro ficaram bem receosos, então nós explicamos que eles deveriam ler e seguir o roteiro para realizar a atividade. Os estudantes ficaram bem tímidos e não queriam ler, então pedimos para que um deles lesse em voz alta o que estava sendo pedido. Assim que o aluno terminou a leitura junto com os outros alunos, eles começaram a montar a primeira prática no lado externo da sala de aula onde há uma rampa e melhor ocorreria o experimento. Primeira prática:
:
Princípio da Inércia
Trombada

Objetivos:
Demonstrar que objetos em movimento, quando não há ação de forças externas, tendem a continuar em movimento.

Materiais utilizados: Caminhão de brinquedo, bola de borracha, massa de modelar, livros.

Procedimento:

  •      Coloque os livros no fim da rampa;
  •    Coloque um pedaço da massa de modelar no capô do caminhão e sobre a massa de modelar coloque a bolinha de borracha;
  •       Posicione o caminhão, já com a bolinha, no alto da rampa;
  •       Solte o caminhão do começo da rampa.



O que acontece com o caminhão? Por quê?
O que acontece com a bolinha de borracha? Por quê?

. Eles se saíram muito bem, e gostaram! Para nossa surpresa cada um quis realizar a prática individualmente, respondendo as questões pedidas no roteiro com base no que observaram.

Alunos lendo o  roteiro

Bolsista auxiliando os alunos

Alunos realizando o experimento

Chamamos a segunda prática de “Peteleco”:



Peteleco


Objetivo: Demonstrar que objetos em repouso, quando não há ação de forças externas, tendem a continuar em repouso.
Materiais utilizados: um pedaço de cartolina, bolinha de borracha.
Procedimento:

  • Enrole a cartolina; 
  • Deixe a cartolina desenrolar naturalmente;
  •     Coloque a bolinha no centro da cartolina;
  • Bata com os dedos, ao menos tempo, as laterais da cartolina.


O que acontece com a bolinha? Por quê?


Nesse experimento ocorreu uma dificuldade em montar os materiais, mas no fim deu tudo certo. Os alunos perderam a timidez ao longo das atividades o que facilitou a compreensão do que estava sendo proposto. Em ambas as práticas os alunos conseguiram associar o que haviam aprendido na aula teórica com a professora Márcia Lana com o que estava acontecendo com os objetos na prática. Foi um sucesso e nós e os alunos ficamos felizes com o resultado, onde os objetivos foram alcançados.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Gincana do saber

E quem foi que disse que não dá para aprender brincando? A Escola Municipal de Campinas mostrou que sim! Nos dois últimos horários toda a escola, juntou-se para organizar uma gincana do saber.

Todas as turmas da escola participaram, do infantil ao 9° ano. Os alunos foram divididos em dois times: verde e laranja. A princípio houve uma abertura da gincana, cada grupo apresentou uma dança, no qual foram treinados pela professora de Educação Física.


Abertura da gincana!

Depois da apresentação os grupos verde e laranja foram separados, ficando cada um em um lado da quadra, no centro ficou uma mesa contendo um sino e as tortas. Uma das professoras conduziam as perguntas listadas para cada série específica.  Assim os grupos escolhiam qual aluno da respectiva série iria representá-los. As perguntas englobavam toda a matéria ministrada pelos professores durante o ano letivo. 


Perguntas sendo feitas aos alunos do 9°ano.


Pergunta sendo feitas aos alunos do 6° ano.


Alunos do infantil.




Grupo laranja.



Cada resposta certa valia dez pontos, as bolsistas do Pibid junto com uma das professoras do infantil, fizeram parte do júri. No final da gincana o time verde conseguiu acumular mais pontos, sendo assim o grupo vencedor. Como premiação os alunos receberam medalhas de ouro e prata, além do troféu para o time vencedor.   

Júri


Hora da premiação.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Sequência didática : Circuitos elétricos


Dando seguimento há proposta feita pela professora Márcia Lanna em que cada bolsista do grupo da Escola Municipal de Campinas teria que licenciar uma aula sem o auxilio dos outros bolsistas, visto que todas as intervenções feitas dentro da sala eram feitas em grupo.
Em reuniões feitas semanalmente a professora Márcia ia fazendo as alterações necessárias em meu planejamento, já que teríamos que seguir as normas da secretaria de educação. Essa sequência didática sugerida pela professora tem como objetivo deixar cada um de nós bolsistas, mais próximos da realidade do dia a dia do professor.
 Nervosismo resume tudo que eu senti essa semana. Como duas aulas de cinquenta minutos conseguiu tirar meu sono?   E então chegou o grande dia, o dia que iria ministrar minha primeira aula. Os dois primeiros horários desse dia eram todos meus, aqueles alunos com os olhos em minha direção, esperando começar a aula também eram meus.
FÍSICA... Não poderia estar mais apavorada. Como ensinaria uma matéria na qual eu aprendi a odiar desde que tinha a idade deles. Então percebi que deveria fazer a diferença, que deveria entusiasmar cada um deles e mostrar que graças à física que hoje temos inúmeros artefatos.
Atualmente praticamente tudo nesse mundo funciona a base de circuitos elétricos. Como por exemplo, o computador, a televisão e até mesmo em alguns casos a escova de dente. Esses circuitos são feitos por inúmeros componentes elétricos que funcionam de acordo com a quantidade de corrente elétrica que passa por eles.
Devida à importância da eletricidade em nosso dia a dia realizamos uma aula com a turma do 9° ano, sobre circuitos elétricos.
Em um primeiro momento, com a ajuda de figuras projetadas pelo Datashow, explicamos sobre o funcionamento de um gerador e receptores. Em um segundo momento, introduzimos a matéria sobre associação de resistores. Ao final da explicação teórica, os alunos montaram maquetes demonstrando associações em serie e em paralelo.

Aluna do Pibid ministrando a aula.


Atividade aplicada ao final da aula.


Alunos junto á maquete.


Apresentação dos alunos.


Sequência de aulas: Conhecendo o sistema nervoso.

Nós bolsistas da Escola Municipal de Campinas realizamos durante o segundo semestre de 2014 uma sequência de aulas individuais e eu, Soliane Gonçalves, fui a primeira a apresentar esse trabalho. Comecei fazendo um plano de aula, que foi modificado algumas vezes até chegar ao resultado final. Com a ajuda da professora Márcia Lanna, o planejamento ficou adequado aos padrões que deveria ser. Foi muito trabalhoso construir um plano de aula, pois nunca havia preparado algo parecido. Comecei por escolher o tema da regência, que foi o sistema nervoso. A aula seria aplicada para o 8º ano, então tudo teve que ser pensado para adequar a aula à idade dos alunos.


Depois do processo de montagem do plano de aula realizei a montagem do roteiro de aula prática, pois seria dividida em dois momentos: o primeiro teórico e o segundo prático. O roteiro foi mais simples de montar, pois como já o havia feito várias vezes antes para realizar atividades em grupo no PIBID tive maior facilidade. Todo o processo de montagem de aula, incluindo planejamento e roteiro de aula prática, foi acompanhado e corrigido pela Márcia Lanna. Confesso que estava com receio de dar uma aula sozinha, pois sempre que realizamos alguma atividade na escola, essa atividade é em grupo.

Após a construção do roteiro de aula prática, montei as questões para a prova bimestral. A Márcia havia pedido que fizéssemos duas questões para serem aplicadas na prova. Foi um pouco difícil essa parte, pois não sabia exatamente se minha atividade daria certo, mas após a aplicação da aula pude modificar algumas coisas nas questões e no fim o resultado foi muito bom.

A bolsista Soliane iniciando a aula.

        Estudar o sistema nervoso é um pouco complicado, pois aborda diversos conceitos em uma única aula, e para não ficar muito cansativo pensei em uma atividade prática que interagia bastante os alunos, assim eles podiam trabalhar em grupo e entender todos os conceitos sem que eu ficasse repetindo. Iniciei a aula perguntando se eles sabiam o que era um neurônio e houve um silencio na sala. Fiquei com receio e repeti a mesma pergunta, até que um dos alunos disse que o neurônio ficava na nossa cabeça. Achei interessante a resposta dele e a partir daí introduzi o conceito. Utilizei o quadro negro para desenhar um neurônio, bem como seus componentes e suas funções. Após explicar um pouco sobre o neurônio e o processo de sinapse falei sobre as divisões em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.

Desenhando um neurônio.

Distribuindo as peças do quebra-cabeças 

O sistema nervoso central ficou por conta dos alunos. Fiz em casa uma espécie de quebra-cabeças do encéfalo contendo algumas de suas divisões (cerebelo, bulbo, ponte, tálamo, hipotálamo, entre outros), dividi a turma em duplas e distribui as peças do quebra-cabeça. Orientei aos alunos sobre como seria realizada a atividade e com a ajuda do livro didático eles teriam que descobrir qual a parte do encéfalo eles teriam que montar. 

Procurando a peça correta no livro.

Estudando para a apresentação.

Pedi também, para que um por um fossem na frente da sala montar o quebra-cabeça e em seguida  explicar o que era determinada peça.  No início da atividade eles reclamaram de terem que ir na frente da sala, mas logo aceitaram. O resultado obtido foi como o esperado e deu tudo certo. Todos acertaram sua peça e puderam entender melhor como funcionava o cérebro humano.

O primeiro a montar o encéfalo.

Continuando a postagem.

Após a atividade prática continuei explicando sobre o sistema nervoso periférico. Utilizei como metodologia um banner do sistema nervoso, pois além de ter muita ilustração era bem explicativo e com uma linguagem simples e fácil de entender. Tentei usar o menor número de conceitos possíveis para que não gerasse muita confusão para eles, pois acredito que usar muitos conceitos em uma única aula acaba gerando muita confusão e os alunos não conseguem absorver muita coisa. Ao final da aula, com a ajuda do livro didático, pedi para cada um ler um parágrafo do livro onde explicava um pouco sobre doenças relacionadas com o sistema nervoso, assim eles puderam descobrir algumas curiosidades e trabalhar a leitura.

Resultado final.

Apesar do nervosismo e do medo de dar errado achei a experiência muito válida. A começar pelo fato da responsabilidade de montar uma aula, construir um planejamento didático de acordo com as normas do estado e principalmente conseguir explicar toda a matéria sozinha. Levei essa experiência como um teste e pretendo realizar aulas assim novamente. Acredito que para a nossa formação como docente, precisamos aprender a dar uma boa aula, abordando corretamente os conceitos a serem estudados e principalmente passar segurança para nossos alunos. Foi uma experiência incrível e sou muito grata ao PIBID-BIOLOGIA por me proporcionar momentos como esse. A sensação de sair de uma sala de aula com o sentimento de dever cumprindo nada no mundo irá pagar.






quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Biblioteca para a comunidade

Na primeira semana de Outubro a Escola Municipal de Campinas cedeu alguns livros da biblioteca para a comunidade, foi modificada a logística da biblioteca atual para melhor uso do ambiente, separou a sala em uma parte onde se encontra a televisão e um espaço para o estudo com mesa e cadeiras. aumentando os espaços, gerando oportunidade de aplicar duas atividades em um mesmo local com turmas diferentes, todo o trabalho foi feito pelos alunos e a diretora. 

Na quinta feira os alunos levaram livros de ciências, matemática, historia geografia, português, entre outros para uma sala da antiga cede da escola, organizamos cadeiras e mesas para leitura, as chaves do local ficam com um morador da comunidade, um espaço novo aberto para todos, agora aos finais de semana possuem acesso à leitura e pesquisas. 

Um dos alunos comentou ao final: "Bom que agora podemos estudar aos finais de semana".